Um filme estrelado por Denzel Washington e Viola Davis já tem
minha atenção garantida. Não importa nem a história que será contada. E, mesmo
que a produção não seja lá algo muito impactante, é quase impossível sair da
projeção sem elogiar a performance dos dois. Mas em Um Limite Entre Nós a essa
situação é ainda mais forte e me arrisco a dizer que Viola e Denzel (também diretor
do longa) têm as melhores atuações de suas carreiras!
Se falta ação a Um Limite
Entre Nós, sobra emoção! Com pouquíssimos atores em cena, o filme mais parece
uma peça de teatro filmada. Verborrágico, o longa grande narra o dia a dia de
casal maduro, Troy e Rose, às voltas com com pequenas questões do cotidiano,
tendo como pano de fundo a desigualdade social e principalmente racial,
enfrentada pelos negros nos conturbados anos 1950. Viola e Denzel repetem os
papéis que interpretaram na peça Fences, em 2010, e têm embates titânicos,
principalmente, na segunda metade do filme, quando a aparente harmonia daquele
lar é virada ao avesso com uma revelação inesperada.
Pelo seu ritmo mais lento
e o texto forte, Um Limite Entre Nós requer do espectador dedicação total. E
pode ter certeza que sua história irá acompanha-lo durante alguns dias!
Indicado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator é
Melhor Atriz Coadjuvante, Um Limite Entre Nós vai ganhar o último, mas Denzel
também merecia levar sua terceira estatueta para casa. Agora, o que me revolta
é a presença de Viola como coadjuvante. Rose é tão protagonista quanto Troy e
sua não inclusão na categoria principal de atuação feminina chega a ser
ofensiva! Um erro antigo cometido pela produtoras de cinema em busca de sua
fome por prêmios! Mas falo sobre isso outro dia! E você não perca a aula de
interpretação desses dois atores magníficos, que estão acima de qualquer
categoria!
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