terça-feira, 20 de outubro de 2015

Minha singela homenagem para a divina Yoná Magalhães






Yoná Magalhães faleceu hoje, às 10h05, no Rio. Tinha 80 anos, mas parecia muito menos. Uma das grandes damas da teledramaturgia nacional, a atriz estava internada na Casa de Saúde São José, na zona sul do Rio, desde o dia 18 de setembro. Ela havia sido submetida a uma cirurgia para corrigir uma insuficiência cardíaca e permaneceu internada na UTI. Complicações pós-operatórias levaram a diva da convivência dos amigos e familiares. Mas nunca da história da arte brasileira e da imaginação de seu público. Aproveito o material de divulgação enviado pela Rede Globo para narrar um pouco da trajetória dessa artista espetacular:

Yoná Magalhães Gonçalves nasceu no dia 7 de agosto de 1935, no Rio de Janeiro, e entrou para a vida artística por acaso, para ajudar a família quando o pai ficou desempregado. A atriz começou a sua carreira em meados da década de 50, na rádio e TV Tupi, onde fez pequenos papeis e figurações. Durante uma turnê teatral, conheceu e se casou com o produtor Luis Augusto Mendes, indo morar na Bahia, com quem teve o filho, Marcos. Foi nesta época que a atriz atuou no mítico filme de Glauber Rocha, Deus o Diabo na Terra do Sol (1964), que se tornaria um marco do Cinema Novo.
Com alguns filmes e peças de teatro em sua trajetória, foi na TV que Yoná mais brilhou e grifou seu nome como uma importante atriz da dramaturgia brasileira. Apenas na Globo, participou de mais de 30 novelas, além de minisséries, programas e especiais. Fez parte do primeiro elenco da emissora e formou o primeiro par romântico, com o ator Carlos Alberto na novela Eu Compro Esta Mulher (1966), de Gloria Magadan. Com o estrondoso sucesso da dupla, Yoná trabalhou em outras novelas da mesma autora, como O Sheik de Agadir (1966), A Sombra de Rebecca (1967), O Homem Proibido (1968), A Gata de Vison (1968/1969), quando contracenou com Tarcísio Meira, e A Ponte dos Suspiros (1969).
Entre os muitos sucessos de suas carreira, destacam-se a personagem Matilde, de Roque Santeiro (1985), dona da boate onde trabalharam as dançarinas Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira), e seus papeis em Uma Rosa Com Amor (1972), Saramandaia (1976), Amor com Amor se Paga (1984), O Outro (1987), Tieta (1989), Meu Bem, Meu Mal (1990), Despedida de Solteiro (1992), A Próxima Vítima (1995), Senhora do Destino (2004) e Paraíso Tropical (2007). A artista também participou de importantes minisséries da Globo, como Grande Serão: Veredas (1985) e Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados (1995) e atuou em diversos seriados, como na segunda versão de Carga Pesada e Tapas e Beijos.
Na carreira no teatro, destaque para suas atuações em Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues; Vagas para Moças de Fino Trato, de Alcione Araújo; A Partilha, de Miguel Falabella, e o Milagre da Santa, de Vicente Pereira. No cinema, além de Deus e o Diabo..., e de uma versão de Society em Baby-Doll, dirigida por Waldemar Lima e Luiz Carlos Maciel, atuou ainda em Alegria de Viver (1958), de Watson Macedo, e Pista de Grama (1958), de Haroldo Costa. O último trabalho da atriz foi na novela Sangue Bom (2013), de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, com direção de núcleo de Dennis Carvalho. Na trama, ela interpretou a personagem Glória.

3 comentários:

  1. Diva!
    Gostei muito da India do Brasil,parceria linda com Francisco Cuoco em O Outro.
    E também da Gracy de amor com amor se paga.

    ResponderExcluir
  2. NÃO TENHO NEM PALAVRAS PARA DESCREVER O QUANTO ESTOU TRISTE COM A NOTÍCIA DO SEU FAFALECIMENTO. YONÁ FOI UMA DAS MAIORES ATRIZES DA NOSSA TELEDRAMATURGIA. FICA DIFICIL DESTACAR QUAL FOI O SEU MELHOR TRABALHO, POIS TODOS FORAM PERFEITOS. SINTO-ME ÓRFÃO. MUITO TRISTE COM ESSA NOTÍCIA.

    ResponderExcluir