Depois de três meses de disputa, a terceira temporada do SuperStar chega ao fim em clima de muita emoção. A final, no domingo 26, com as bandas Bellamore, Plutão Já Foi Planeta, OutroEu e Fulô de Mandacaru, promete ser de arrepiar. Já tem a sua favorita? Eu estou dividido entre Bellamore e OutroEu, mas acho que vai dar Fulô de Mandacaru ou Plutão Já Foi Planeta... Se você ainda está em cima do muro, conheça um pouco mais sobre os grupos finalistas:
Bellamore
Banda de Volta Redonda, a Bellamore é formada por Pedro Sárria (vocal), Matheus Pinheiro (guitarra), Roberto Vicentini (guitarra e sintetizador) e Igor Delesposti (bateria). O quarteto produz um som autoral pop-rock com elementos de música eletrônica e já lançou dois singles e um videoclipe. "Fazemos um som moderno. Decidimos estudar e adicionar elementos da música eletrônica, que tem sido muito popular nos últimos anos. A gente quis levar uma sonoridade cativante para o SuperStar", diz Matheus. O carinho dos fãs também tem sido o ponto alto para os rapazes. "Estamos realmente extasiados com tudo que está acontecendo. É tudo muito bonito, muito incrível", comemora o vocalista Pedro.
Matheus e Roberto eram vizinhos na infância e começaram um esboço da banda em 2007. Eles pararam para o vestibular e, em 2012, voltaram com a formação atual e decidiram levar o grupo mais a sério. O nome Bellamore foi escolhido para representar a relação dos quatro integrantes com a música: "Construímos o som da maneira mais bela possível". As referências do quarteto são Coldplay, One Republic, Imagine Dragons e Calvin Harris. "A gente bebe em várias fontes. A música dialoga de um modo geral. Nunca fomos 'xiitas'. Fazemos releituras de sucessos, mas colocando um lado autoral. Sempre preferimos colocar nossa identidade", diz Matheus.
Durante o programa, os rapazes foram elogiados por Paulo Ricardo, que declarou, ao vivo, que os meninos estão prontíssimos e não poupou elogios aos músicos. Os elogios viraram motivo para euforia do quarteto. "A gente sempre ouvia a Sandy comentar sobre nós, e claro que ficávamos muito felizes, mas sempre pensávamos: ‘Caramba, quando o Paulo Ricardo vai falar da gente?’. Nós tínhamos essa ansiedade e quando ele falou foi incrível. Receber um elogio desses é de uma magnitude que não dá para mensurar", comemora Matheus.
Fulô de Mandacaru
Da terceira geração de músicos da família, os irmãos Armandinho do Acordeon e Pingo Barros, com 15 e 10 anos, respectivamente, fundaram o trio Fulô de Mandacaru junto com um primo. Dois anos depois, em 2003, os meninos abriram um show da Elba Ramalho e começaram a se apresentar por Caruaru e, em seguida, por todo o Nordeste. Armandinho lembra das dificuldades do início da carreira. “Meu pai começou tudo. No início, ele vendeu três carros para investir na banda. Minha primeira sanfona foi comprada dessa maneira”, conta, emocionado. O músico ainda lista a participação de outros integrantes da família. “Além do meu irmão, que também toca na banda, minha mãe é empresária e meu primo, que começou o grupo com a gente, produz nossos shows. Sem falar no meu filho, que tem nove anos, estuda bateria e já viaja com a gente às vezes”, diz, orgulhoso.
A banda diz que se caracteriza como forró de pé de serra, mas que faz um som pauleira e não tem medo de ousar. “Exploramos muito as guitarras, o baixo e linhas diferentes. Preservamos a tradição, através do chapéu de couro, e temos um recorte da memória do homem do Nordeste, mas a gente faz o show agregando. No palco, a gente usa muitos recurso tecnológicos", explica Armandinho.
Depois da participação no SuperStar a tela subiu e a agenda lotou. Hoje a Fulô de Mandacaru está arrastando multidões pelo Nordeste do Brasil. “Além de ter ampliado a agenda, a adrenalina está a mil. A resposta do público, dos fãs, tem sido uma coisa nunca vista na nossa carreira. O programa acrescentou muito e qualificou nosso show. A produção do programa nos dá uma condição de aprendizagem muito bacana. Principalmente com o produtor, o Torcuato Mariano. A questão de técnicas vocais, o posicionamento com o público, de como se vestir, de como falar em público. Isso tudo é uma grande escola, e o SuperStar presta esse serviço de qualificar com excelência", celebra Armandinho.
OutroEu
A OutroEu foi idealizada há um ano e meio por amigos de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Mas foi apenas após o convite do SuperStar que os músicos decidiram formar a banda de folk com influências de Ed Sheeran, Los Hermanos e Maria Gadú. Os músicos já estavam com a ideia de montar um grupo, mas encararam a oportunidade de participar do reality como um sinal de que estavam no caminho certo. “Nós já estávamos com a ideia, mas o programa veio como um choque de realidade e seguimos firme”, conta Mike.
O líder do grupo leva sua intuição a sério. Certa vez recebeu elogios de Caetano Veloso quando tocava despretensiosamente na praia, logo após entregar sua monografia na universidade. “Estava tocando Ukelele e, depois de algum tempo, veio um homem de cabelos grisalhos e começou a me elogiar. Já na primeira palavra eu percebi que era o Caetano Veloso. Isso aconteceu logo no primeiro dia em que decidi levar a música como parte da minha vida”, explica.
Os rapazes decidiram se dedicar totalmente à música e, para isso, alguns abandonaram a faculdade. Guto fazia engenharia, mas depois de vivenciar experiências artísticas optou por trancar o curso. Já Rennan fez Farmácia e cursava Medicina. “Em todos projetos de que participei, fui muito dedicado, mas a atmosfera em que nos encontramos nesse momento é única, estou muito animado”, fala. "Vimos muitas pessoas falando bem, ganhamos muitos fã-clubes e a banda aumentou o número de seguidores. Nossa página está bombando nas redes sociais", derrete-se Mike. Em um futuro próximo, a banda tem planos de lançar um disco com músicas autorais e, em seguida, fazer o videoclipe oficial da música. "Nós já temos um roteiro na cabeça, e a ideia é concretizar assim que acabar o programa. Inclusive, já estamos em estúdio gravando o disco, acredito que em dois meses ele esteja pronto", revela o vocalista.
Plutão Já Foi Planeta
A banda potiguar Plutão Já Foi Planeta é formada por Natalia (vocal), Gustavo e Sapulha (guitarras), Vitória (baixo) e Khalil (bateria). O quinteto transita entre o rock e o indie folk e utiliza instrumentos como ukelele. O grupo lançou o CD autoral “Daqui Pra Lá” em 2014 e garante que já colhe o resultado de sua participação no SuperStar. “Com a exposição do programa muita coisa mudou. A agenda já se desenha por locais que antes nem sonhávamos em tocar. Nossa música está chegando em todo Brasil, algo que era o sonho de toda a banda. Estamos orgulhosos com a possibilidade de mostrar nosso trabalho com essa amplificação maravilhosa que o programa nos dá. Além de tudo, conhecemos muita gente bacana e fizemos amizade com as outras bandas. Isso é uma experiência fantástica que vai nos acompanhar para sempre”, garante o guitarrista Gustavo.
Já Natália, a vocalista da Plutão, explica que a banda já fez releituras, mas que aproveitou a passagem peloreality para mostrar as composições da banda. "É a nossa pretensão. Faz três anos que estamos na estrada e, no início, até colocamos cover no nosso repertório, mas faz muito tempo que a gente tem um show autoral. Não tem nada melhor do que cantar as nossas músicas", diz. Os integrantes já têm até um pequeno ritual antes de subirem no palco do SuperStar’: eles se abraçam, falam palavras de motivação, dizem um para o outro o quanto se amam e que querem passar emoção e divertir o público.
“Estar aqui é a realização de um sonho. Um sonho coletivo, o sonho de cinco corações apaixonados por música. Nossa cidade se mobilizou de uma maneira muito bonita. Ouvimos muito as pessoas dizendo que estão orgulhosas e se sentindo representados, que estamos levando os nomes da nossa cidade e nosso estado pra todo o Brasil e isso é muito especial. As pessoas fazem campanha pra pedir voto. Até carreata com carros adesivados com foto da banda já rolou. Nós também estamos orgulhosos e felizes com essa oportunidade e com todo o carinho que temos recebido”, completa Gustavo.
Fala da novela das 23hs, Jorge!
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