domingo, 26 de fevereiro de 2017

Rumo ao Oscar: A importante denúncia do drama Loving


Loving é um bom filme! E, acima de tudo, uma obra histórica e socialmente necessária. Conta a história real e absurda do casal inter-racial, Richard e Mildred Loving, que precisa recorrer à Suprema Corte Federal americana para fazer com que o preconceituoso estado da Virginia reconheça seu casamento. Estamos nos anos 1960 e nos deparamos com uma infinidade de atitudes tão desprezíveis que, muitas vezes, nos fazem até mal. 
Mas é um mal necessário. Gritar para o mundo o desenvolvimento dessa trama é não deixar passar em branco algo tão repulsivo quanto o racismo. Ele precisa sim ser denunciado com veemência e repúdio. E o longa-metragem, escrito e dirigido por Jeff Nichols, faz isso de forma brilhante. 
Inspirado no documentário The Loving Story, o filme começa em 1958, logo após Mildred (Ruth Negga) contar ao namorado, Richard (Joel Edgerton), que está grávida. Eles precisar ir para Washington para se casar, já que na Virginia isso é proibido para casais de etnias diferente. Na volta, eles são presos, tratados como criminosos e pasme: são exilados de seu estado. Caso insistam em manter-se casados, devem passaram 25 anos longe da Virginia. ´
É claro que eles não abrem mão de seu direito sagrado e passam os nove anos seguintes lutando pelo seu casamento e para voltar para casa.
Indicada ao Oscar de Melhor Atriz, Ruth Negga está muito bem como a contida Mildred, mas quem dá um show mesmo é Joel Edgerton, perfeito como matuto Richard, perplexo frente ao drama absurdo que está enfrentando e incapaz de poder reagir como  gostaria. O desempenho de Joel é tão magistral que ter sido ignorado nas indicações ao prêmio de academia só se equipara a ausência também de Amy Adams (por A Chegada ou Animais Norturnos)!! Lamentável!

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