A arrasadora estreia de Justiça!

A cena mais impactante da estreia

Jesuíta, Adriana, Jéssica e Cauã:
dramas interligados

Manuela e Villamarim: craques

Não existe nada pior do que você se sentir injustiçado. Dá aquele nó na garganta e uma vontade louca de fazer Justiça com as próprias mãos. E isso ficou bem claro no arrasador episódio de estreia da minissérie Justiça, exibido ontem (segunda 22). Interpretada magistralmente por Débora Bloch, Elisa foi o centro dessa questão. Uma mãe tem o direito de matar o assassino (Jesuíta Barbosa) de sua filha (Marina Ruy Barbosa), após ele cumprir apenas sete anos de prisão pelo crime? Isso seria Justiça ou vingança?

Essa é apenas uma das reflexões que a obra de Manuela Dias (Ligações Perigosas), pretende levantar. Foi difícil recuperar o fôlego após o fim do capítulo. Um texto impecável, a direção nervosa do mestre José Luiz Villamarin e um elenco poderoso deu cria a uma produção que tem todos atributos para marcar época na televisão brasileira. Marina, Jesuíta e Cássio Gabus Mendes também brilharam e Cauã Reymond, Adriana Esteves, Vladimir Brichta, Luisa Arraes e Jéssica Ellen – protagonistas de outros episódios – fizeram participações especiais.

Justiça tem a estrutura dos filmes de Robert Altman, como O Jogador (1992) e Short Cuts (1993), ou mesmo de Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994) e Crash – No Limite (1995): várias histórias aparentemente independentes, se interligam por fios delicados - embora contundentes -, até se completarem como um complexo quebra-cabeça. E precisaremos acompanhar Justiça para ver como tudo se encaixará. Hoje, vamos conhecer o drama de Fátima, vivida por Adriana Esteves. Na quinta 25, iremos acompanhar a saga das jovens Débora (Luísa Arraes) e Rose (Jéssica Ellen) e, na sexta 26, será a vez da tragédia envolvendo o casal Maurício (Cauã Reymond) e Beatriz (Marjorie Estiano). Prepare seu coração!