Eu adoro a saga Harry Porter. E os livros do Dan Brown e do Stieg Larsson. Mas também necessito de Machado de Assis e Henry Miller. Um bom blockbuster é a melhor coisa do mundo pra relaxar, mas não deixo passar um belo e complicado longa iraniano. Assim levo a vida: Entre momentos de leveza e outros mais profundos, para equilibrar minha existência. No momento, estou tomado por Dois Irmãos, um programa que não dá para assistir Twittando ou teclando no WhatsApp. Dois Irmãos requer nossa atenção: pelo texto lindíssimo, o contexto da trama que vai e vem em várias passagens de tempo e pela atuação visceral de um elenco imerso em seus geniais personagens. Cauã Reymond tem seu melhor trabalho na TV, com os gêmeos rivais, Omar e Yaqub, mas foi impossível resistir às atuações de Juliana Paes & Eliane Giardini (Zena), Antonio Calloni & Antonio Fabundes (Halim) e Ryan Soares & Irandhir Santos (Nael), além das presenças silenciosas, mas marcantes de Sandra Paramirim & Zahy Guajajara & Silvia Nobre (Domingas). Já Bárbara Evans não teve muita chance para brilhar como Lívia e Emílio Orciollo Netto e Maria Fernanda Cândido tiveram sintonia perfeita com Ary Fontoura e
Carmem Verônica como o casal Abelardo e Estelita.
A direção de Luiz Fernando Carvalho pode não agradar a todos, mas, particularmente, adoro seu estilo teatralizado. Luiz Fernando se esmera também em ter os mais ousados ângulos de câmera e os cenários, os figurinos, a trilha sonora e a fotografia das obras que ele comanda são sempre de um requinte cinematográfico. Aliás, a opção de tela em formato windscreen ajudou a manter a sensação de que estávamos dentro de uma sala de cinema. Lindo demais!
O único senão foi o som. Muitas vezes era difícil entender o que era dito em cena, ainda mais quando os personagens usavam expressões em libanês. Mas nada que tire o brilho do programa. Leio muita gente reclamando que a minissérie é confusa, chata... Mas será que não é apenas preguiça de pensar? Não dá para passar a vida recebendo tudo bem mastigadinho, enquanto faz comentários “geniais” no Twitter. É preciso colocar os neurônios para trabalhar, gente! Por isso, agradeço à brilhante equipe de Dois Irmãos por terem ativado freneticamente as células do meu sistema nervoso! Faz um bem danado!
Concordo c/ vc Jorge.....Estou extasiada com esta minissérie. Parabéns aos atores, a direção e a toda equipe! ������
ResponderExcluirA eu adorei muito boa, pena que acabou.
ResponderExcluir0vacionaram tanto a Bárbara e a grande cena foi fornicar no mato e aquele "diálogo" de filme pornô!
ResponderExcluirNunca vi tanta quebradeira nem numa novela inteira!
Na passagem do tempo o Halim ficou mais moço do que o Abelardo e a Estelita envelheceu em demasia! 0 grande prêmio ficou pro Nael-minino-véio que envelheceu mais do que a tia, o pai e o tio!
Assisti heroicamente essa mini-série chata(pior que Velho Chico) só por causa do Cauã R. que se saiu muito bem no exercíco de actor!