CURTI!
Existem duas maneiras de você
avaliar uma obra de arte. Uma delas é com subjetividade. E a outra é com
pragmatismo. O ideal é que as duas andem juntas, principalmente, se você for um
crítico. Eu tento focar na segunda opção e guardar a subjetividade para a minha
vida pessoal. Mas confesso que é complicado porque razão e sensibilidade se
misturam o tempo todo. Esse longo nariz de cera, jargão jornalístico para
quando a pessoa enrola demais para começar o assunto, é para falar sobre A Lei do Amor. De todos os segmentos dramatúrgicos,
a novela é o que causa mais debates e aquele que desperta um desejo vil no ser
humano! A pessoa já senta em frente à TV, em busca de erros que possam ser
execrados no Twitter, de preferência, em tempo real. E A Lei do Amor deu alguma margem para isso.
Meu lado subjetivo, emocional, adorou a novela desde a primeira
cena. Imagens lindas, poéticas, uma história de amor nascendo nossa frente, de
forma intensa, rápida e cuidadosa. Chay Suede melhora a cada novo trabalho e
faz do Pedro um jovem que passa tanta paz e equilíbrio, que é impossível não se
simpatizar com ele! Isabelle Drummond, sempre ótima, engrossou a voz e colocou
uma pinta igual a de Claudia Abreu para criar uma mocinha que não faz do
sofrimento uma bengala para a agente exercer o "coitadismo". Esse
lindo casal me cativou imensamente, assim como as tramas paralelas, que são
todas muito bem estruturadas pela excelente dupla de autores, Maria Adelaide
Amaral e Vincent Villari.
*****
NÃO CURTI!
Agora, meu lado mais pragmático implicou com vários aspectos da
novela! A questão temporal foi a primeira. Achei muito mal resolvida as mortes
dos pais de Helô. Principalmente, a forma tão natural como ela lidou com a
perda de Cândida (Denise Fraga). Poderia
ter sido feito com mais cuidado.
Algumas caracterizações também estão péssimas. Enquanto Tarcísio
Meira (Fausto) e Ana Rosa (Zuza) ficaram ótimos, muito bem rejuvenescidos, as
perucas de Vera Holtz (Magnólia), Vitória (Sophia Abrahão) e Mila Moreira (Gigi)
são pavorosas. Artificiais demais. E Otávio Augusto (César)? Está parecendo um
boneco de cera. Já o cabelo e as roupas de Hércules (João Vitor Silva) devem
ser do acervo de Boogie Oogie (2014).
E Ciro (Maurício Destri), com sua indefectível cara amarrada, poderia fazer parte
do grupo de revolucionários de João (Cássio Gabus Mendes) e Heloisa (Claudia
Abreu) na minissérie Anos Rebeldes (1992). Ninguém se vestia com os dois em 1995.
Mas o pior de tudo é a forma como conseguem separar Pedro Helô. Um
amor tão forte não poderia ruir frente a um flagrante tão tolo. São detalhes
incômodos, mas que não tiram o brilho de uma novela que recupera folhetim mais
clássico e o moderniza de uma maneira tão suave e bonita. Vamos conferir como
será a virada das fases de A Lei do Amor!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirConcordo plenamente com você, Jorge. O casal Pedro/Helô foi o ponto alto da novela. Chay Suede melhora a cada trabalho. Fiz um comentário no Facebook e inclusive, mencionei o perfil estranho de Maurício Destri. Amo seus comentários e tento me espelhar na sua capacidade aguçada em fazer críticas.
ResponderExcluirConcordo plenamente com você, Jorge. O casal Pedro/Helô foi o ponto alto da novela. Chay Suede melhora a cada trabalho. Fiz um comentário no Facebook e inclusive, mencionei o perfil estranho de Maurício Destri. Amo seus comentários e tento me espelhar na sua capacidade aguçada em fazer críticas.
ResponderExcluirConcordo plenamente com você, Jorge. Postei meu comentário no Facebook e comentei, inclusive, sobre o trabalho de Chay Suede fica melhor a cada trabalho. Também citei o perfil estranho de Maurício Destri. Que bom que tivemos visões parecidas. Isso significa que estou conseguindo alcançar o seu potencial de crítico. Como você citou, achei muito ingênua a forma como foi elaborada a cena do flagrante de Helô em Pedro e Suzana, assim como a forma natural que a Helô encarou a morte da mãe. Mais uma vez, Parabéns, Jorge. É sempre muito prazeroso ler seus comentários.
ResponderExcluir