Descanse em paz, grande Elias Gleizer!

Estou triste. Muito trise. Faleceu hoje (sábado 16), aos 81 anos, o grande ator Elias Gleizer, por falência circulatória em decorrência de um trauma. Ele sofreu uma queda e o quadro se agravou. Elias estava internado no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, desde o dia 6 de maio. Nascido em 4 de janeiro de 1934, em São Paulo, era filho de imigrantes judeus poloneses, de pai sapateiro e mãe dona de casa. Apesar de ter trabalhado tanto no teatro, quanto no cinema, foi na TV que ele se consagrou, em papeis inesquecíveis, em novelas como Livre Para Voar (1984), Tieta (1989), Sonho Meu (1993), Anjo de Mim (1996), Era Uma Vez (1998), Caminho das Índias (1989) e Flor do Caribe (2013), entre muitos outros. Elias começou sua carreira no final dos anos 1950, na TV Tupi, e seu último papel foi uma participação especial m Boogie Oogie (2014), como um padre. "Meu avô querido..... Chegou a hora de descansar!", lamentou Bruno Gagliasso, que trabalhou com Elias em Caminho das Índias (2009)! "Trabalhei com Elias na novela Sonho Meu. Eu tinha 7 anos. Ele era conhecido por ser meio durão mas sempre foi muito carinhoso comigo e com a minha família. inha mãe, que me acompanhava nas gravações, se divertia muito com ele porque ele era um palhaço. Tenho lembranças muito boas dele", conta Carolina Pavanelli.
Walther Negrão, autor de várias novelas de Gleizer, comentou: "Conheço Elias desde os anos 1950. Trabalhamos juntos na Tupi e eu gostava demais de trabalhar com ele. Depois fui para a Globo e ele veio logo depois. Nos últimos tempos ele estava doente. Quando soube que ele andava deprimido, querendo trabalhar, doente mas ainda firme, escrevi especialmente para ele o papel do cigano em Flor do Caribe. Elias merecia tudo, era um grande ator. Ele costumava dizer que foi o judeu que mais interpretou padres. Só em novelas minhas, acho que fez uns três. Fui assistente em uma peça do Antunes Filho, 'Plantão 21', ná decada de 1950, que ele fazia. Ali ficamos muito prpóximos e nunca mais nos desgrudamos. É uma perda lastimável, em tudo, ele era muito especial".