Joana Calmon com Sérgio Maciel, o Led's Tattoo,
um dos mais conceituados tatuadores do Brasil
um dos mais conceituados tatuadores do Brasil
Globo/ Divulgação
Eu não gosto de tatuagem. Grande, pequena, colorida, sem cor... Não curto nada que eu não tenha o poder de mudar, mas respeito quem faça, como mais da metade dos meus amigos. Por isso, como um verdadeiro democrata, resolvi postar o tema da estreia da nova temporada do Mundo S/A, atração da GloboNews: tatuagem. Segundo o programa, é um assunto que mobiliza um gigantesco mercado consumidor, e que cresce a números expressivos no Brasil e no mundo. “Os números são impressionantes. Pesquisas mostram que de cada dez pessoas entre 18 e 35 anos, três são tatuadas, quatro ainda pretendem fazer e apenas três jamais fariam tatuagem. Ou seja, esse é um mercado com um enorme potencial de crescimento”, conta a repórter Joana Calmon. Do clássico preto e branco, passando pelos estilos oriental, realista, tribal, até tendências mais recentes, como guache e pontilhismo, agora a tatuagem ganhou status de arte. “É um adorno, como uma joia. Algo que você usa com amor e carinho e que vai levar para o resto da vida”, define Sérgio Maciel, conhecido como Led's Tattoo, um dos mais conceituados tatuadores do Brasil, dono do maior estúdio do país.A prática, que existe há milhares de anos, começou em sociedades primitivas do Oriente, África e Oceania com um papel social, religioso e místico, marcando os ritos de passagem. Chegou ao Brasil em meados dos anos 60, na cidade portuária de Santos, daí a explicação para os primeiros tatuados serem marinheiros e prostitutas. Agora a tatuagem ganhou status de arte, com direito a exposição em um dos mais importantes museus de Paris. Os tatuadores viraram estrelas e são patrocinados por marcas internacionais de tintas e máquinas, que pagam as despesas da viagem e estadia e recebem, em troca, divulgação e publicidade. Alguns chegam a ganhar 12 mil reais em três dias de evento. Na Europa, o cachê de um tatuador varia entre 100 e 400 euros por hora, mas há quem pague até mais do que isso. Exibidos em canais de TV do mundo todo, reality shows dedicados ao tema, como Miami Ink, New York Ink e Los Angeles Ink, ajudaram a popularizar a prática. Eles mostram o dia a dia dos estúdios e a vida de tatuadores americanos consagrados.
A equipe do Mundo S/A visitou a maior feira do setor no Brasil e estúdios de tatuadores premiados e conceituados para registrar o que é tendência e inovador nesse setor. De olho nesse mercado promissor, novas empresas diversificam suas atuações. Uma indústria de revestimento investe numa linha de azulejos inspirada em tatuagens, que já representa 10% de seu faturamento. Na internet, o site Tattodo aposta num modelo de negócio criativo que oferece opções de desenhos mediante um concurso - como um crowdsourcing - aberto a qualquer um que tenha talento para desenhar. Mediante pagamento que varia de 100 a 300 dólares, dependendo do tamanho e da complexidade da tatuagem, usuários recebem pelo menos dez desenhos (mas o número pode chegar a quase 100) de designers do mundo inteiro para escolher o que mais gosta para tatuar. E o site trabalha com satisfação garantida. “Se você não está completamente satisfeito com os desenhos que receber, continuamos com o concurso até que você receba algo que realmente adore. E, se ainda assim o usuário desistir, reembolsamos totalmente o valor investido. Trabalhamos com satisfação total”, conta Victor Chateaubriand, diretor de marketing da Tattodo. Mundo S/A estreia amanhã (segunda 2), às 23h.
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