Débora Bloch e Domingos Montagner: na Patagônia
Amanhã, às 19h, a Globo estreia Sete Vidas, a segunda novela de Lícia Manzo. A minha expectativa é imensa, já que consider A Vida da Gente (2012), a melhor produção da década junto com Cheias de Charme (2012) e Cordel Encantado (2011). Ela seria exibida às 23h, mas, sabe-se lá porque foi repassada para às 18h. E, é claro, que autora precisou fazer adaptações radicais, mas, mesmo assim, Sete Vidas promete muitas polêmicas.
No centro da historia está Miguel (Domingos Montagner), um oceanógrafo solitário, que viaja numa expedição arriscada rumo à Antártica. Marcado por uma tragédia que o tornou fechado e esquivo, ele planeja a viagem para se manter longe de Lígia (Debora Bloch), por quem se apaixona inesperadamente. Miguel sofre um acidente e é dado como morto, ao mesmo tempo em que Lígia descobre estar grávida dele. Paralelamente, Júlia (Isabelle Drummond), jovem gerada por inseminação artificial, fica sabendo ser meia-irmã de Pedro (Jayme Matarazzo). Juntos, eles tentam descobrir a identidade do doador anônimo que os gerou e acabam se aproximando também de outros meio-irmãos. E, como se tudo já não fosse tao difícil, Júlia e Pedro estão irremediavelmente apaixonados. Que situação! Na direção, o esteta Jayme Monjardim, sinônimo de muita qualidade. Vamos ao quem é quem:
Miguel (Domingos Montagner): Esquivo e solitário, ele se apaixona por Lígia e, logo depois, descobre ser pai de sete filhos. Acreditando ter sido responsável pelo acidente que custou a vida de sua mãe - e acusado pelo próprio pai por isso -, tornou-se um adolescente esquivo: carregando nos ombros um enorme sentimento de culpa, incapaz de confiar nos outros, ou mesmo considerar-se digno de confiança. Adulto, busca refúgio na natureza e nos animais, tornando-se ambientalista, e partindo seguidas vezes em longas jornadas pelos lugares mais ermos do planeta. Alimentando a fama de ‘lobo solitário’, Miguel faz questão de manter-se livre de vínculos ou amarras, até que conhece Ligia, por quem inesperadamente se apaixona. Viril e vulnerável, vago e direto, Miguel parece um homem impossível de ser decifrado. Ainda assim, numa espécie de combinação irresistível, é capaz de mobilizar a maioria das mulheres que, mais cedo ou mais tarde, terminam fisgadas por sua presença ou inacessibilidade. A chegada de Ligia em sua vida, porém, fará com que se perceba de fato envolvido, o que levará Miguel a um estado de pânico. O resultado inevitável será sua ‘fuga’ para a Antártica, e o consequente acidente que o dará como morto. Na volta, incógnito, Miguel aos poucos terá suas defesas e resistências quebradas pela descoberta das ‘sete vidas’ geradas por ele. Ainda que, a princípio, de forma indireta, a existência de cada um dos sete filhos irá chamá-lo de volta à vida, e ao amor que tanto renegara
Lígia (Debora Bloch): Jornalista, ela se apaixona por Miguel, com quem tem um filho, Joaquim. Após o sumiço de Miguel, se casa com Vicente. É uma profissional bem sucedida, porém desacertada no amor. Ela apaixona-se por Miguel num momento em que não pode mais se dar ao luxo de esperar: com o relógio biológico ‘apitando’, Lígia sabe que é hora de encontrar um companheiro com quem possa ter um filho - projeto eternamente adiado em prol de sua carreira. Enredada pela ambiguidade de Miguel, esquivo e apaixonado; sentimental e inacessível, tenta a todo custo fazer a relação funcionar, o que acaba resultando em enormes doses de frustração e ressentimento. Influenciada a vida inteira por sua mãe, Dália, Lígia irá romper este domínio após a suposta morte de Miguel. O prestigiado cargo de subeditora de um importante jornal - orgulho maior de Dália - subitamente deixará de fazer sentido para Lígia, que sairá em busca de novos caminhos profissionais. O apoio incondicional de Vicente; pai de Pedro, meio-irmão de Joaquim, filho recém-nascido de Lígia; será fundamental para ela. Aos poucos, em seu processo de redescoberta, ela iniciará um relacionamento estável e equilibrado com Vicente. Mas a despeito da sinceridade de seu amor, a lembrança viva de Miguel jamais deixará de as-sombrá-la
Laila (Maria Eduarda Carvalho): Filha de Esther e Vivian, ela foi gerada via inseminação. É irmã gêmea de Luís. Irreverente, aguda, sexy, sabe que é difícil resistir a ela quando se trata de sedução. Ainda que não se trate de uma pessoa perversa ou mal intencionada, é auto-centrada demais para perceber o mundo à sua volta e, deste modo, envolver-se com ela pressupõe invariavelmente uma troca desigual ou desequilibrada. Incapaz de fixar-se em um único projeto, Laila vem oscilando de interesses na vida como quem troca de roupa. É diametralmente oposta ao irmão: adora o fato de ter sido criada por duas mães, está sempre às voltas com o homem errado e ainda não se encontrou profissionalmente. Acostumada desde cedo a ‘vampirizar’ os recursos alheios, escolhe como alvo a nova meia-irmã rica, Júlia. Ansiosa e instável, será uma espécie de ‘pedra no sapato’ na vida dos sete meio-irmãos.
Luís (Thiago Rodrigues): Advogado, filho de Esther e Vivian, irmãos gêmeo de Laila. Casado com Branca, com quem tem dois filhos, Sofia e Luca. Ele cresceu numa família amorosa, porém longe de ser convencional. Por mais que adore suas duas mães - e seja até hoje muito ligado a Esther - sabe o quanto lhe custou crescer numa família singular. Deste modo, parece querer compensar o ônus de ter sido ‘diferente’, perseguindo tudo o que possa soar meramente ‘normal’: casa própria, casamento, filhos, etc. Pela mesma razão, possivelmente, abriu mão de sua carreira como artista plástico, para abraçar o curso de direito, tornando-se um dos melhores advogados de sua geração. Hoje, vive um casamento descompassado com Branca, sua jovem esposa consumista. Apegado à manutenção do que chama de ‘vida normal’, evita a todo custo uma separação, cedendo terreno às vontades e caprichos de Branca. Os filhos do casal, Sofia e Luca, parecem divididos entre os pais, visivelmente polares, frequentemente tomando o partido de um ou de outro. A situação, cada vez mais extremada, faz com que Luís decida buscar a ajuda da terapeuta Isabel, por quem, após algum tempo de convívio, se descobrirá a-traído.
Felipe (Michel Noher): Rapaz brasileiro que vive na Argentina, gerado via inseminação. Tem uma doença autoimune. É filho de mãe brasileira e pai argentino, vive em Buenos Aires desde os oito anos de idade e fala português com desenvoltura. Por conta da esterilidade de seu pai, foi gerado via doador, e será o sétimo e último filho biológico de Miguel a aparecer na trama. Cursando o sétimo período de engenharia, após assistir a um vídeo sobre doenças, fatalidades e tudo o que vem a reboque da falta de água potável, passou a pesquisar o as-sunto até encontrar o que buscava. Com o impulso da juventude e um novo foco na vida, trancou a faculdade, e para desespero de seus pais, filiou-se como voluntário na fundação Aqua4Life, partindo inicialmente para Uganda.
Esther (Regina Duarte): Mãe de Luís e Laila. Inteligente, culta e dona de uma formação impecável, trabalhou décadas como educadora, fundando uma escola de artes para crianças em São Francisco, nos Estados Unidos. Turrona e algo infantil, portadora de diabetes, virá para a casa de Luís onde confrontará o tipo de educação e valores que Branca tenta impor aos filhos. Ao conhecer Miguel, o pai biológico de Luís e Laila, na contramão da rejeição de seus filhos, que insuflados por Pedro, veem em Miguel alguém não confiável, Esther irá se aproximar, agradecida. Afinal, foi Miguel quem, anos atrás, tornou possível para ela o projeto da maternidade. Sozinha há décadas, após a morte da ex-companheira, tornou-se uma celibatária convicta, para quem uma única união foi mais que suficiente: “Casamento não tem jeito: dá dois, três anos, e fraterniza: vira tudo parente”. Independente e libertária, Esther é uma mulher emancipada, que, em sua volta ao Brasil, irá mexer com as crenças de Luís. Principalmente a que faz com que permaneça, em nome de seus filhos, em um casamento esgotado.
Lauro (Leonardo Medeiros): Melhor amigo de Miguel. É marido de Isabel. É companheiro de trabalho de Miguel na ONG Terra Nova, um profissional competente e amigo fiel, com uma virtude preciosa para Miguel: é capaz de ouvi-lo e guardar seus segredos, sem jamais julgar seu comportamento ou conduta. Crédulo e de bom coração, casado há 15 anos com Isabel, se descobrirá em um casamento falido, justamente com uma mulher que dedicou a vida a salvar os casamentos dos outros.
Isabel (Mariana Lima): Esposa de Lauro. É terapeuta de casais de renome, é autora de best-sellers que cumprem o que prometem: ressuscitar casamentos agonizantes. Propaganda viva da causa que advoga, Isabel é uma mulher refletida e ponderada, sempre pronta a oferecer a orientação correta, na hora certa. Decidida e potente na profissão, é capaz de preservar a devida feminilidade diante do marido, conjugando doçura e força, firmeza e submissão, em doses absolutamente equilibradas. Mas sua aparente calma e autocontrole irão pelos ares ao conhecer Luís, seu novo paciente, por quem se descobrirá implacavelmente atraída. Ao buscar ajuda em suas próprias máximas, conselhos e teorias, Isabel perceberá, perplexa, que toda a sua obra não passa de uma “fraude”.
Vicente (Angelo Antonio): Dono de um estúdio de gravação, ele é o pai de criação de Pedro (Jayme Matarazzo) e marido de Lígia. É filho de Iara e irmão de Arthurzinho. É um cara de espírito jovem e cabeça aberta, que jamais escondeu de Pedro o modo como foi concebido. Tendo perdido o pai aos 15 anos - sozinho com a mãe e o irmão pequeno - tornou-se desde cedo o provedor da família; encargo que, se por um lado, fez dele alguém construtivo e responsável, por outro, o transformou num adulto com dificuldade de estabelecer limites ou pedir ajuda. Mas será justamente a chegada de Lígia que o fará tomar consciência de determinados padrões em sua vida que precisam, urgentemente, ser modificados. Entre eles, o abuso de dona Iara, sua mãe, que acabou transformando Vicente em patrocinador das loucuras de seu irmão bon-vivant, Arthurzinho.
Marta (Gisele Fróes): Mãe de Júlia. Casada com Eriberto. Superficial, frívola, desprovida de valores morais, jamais mediu esforços para atingir seus objetivos. O maior deles: tornar-se rica e poderosa. Nascida numa família classe média, moveu mundos e fundos para conquistar Cesário - um industrial bem de vida - e casar-se com ele. Ardilosa, driblou a esterilidade do marido engravidando ‘por fora’, e em seguida mentindo ter se submetido a uma inseminação. Deste cálculo exato, nasceu Júlia - e é possivelmente este segredo enraizado, o principal empecilho da relação impraticável das duas.
Taís (Maria Flor): Envolve-se com Pedro, vive em Fernando de Noronha. Um mergulho em Fernando de Noronha mudou drasticamente a vida da jovem. Formada em administração de empresas, Taís se encaminhava para dar ao trabalho o protagonismo de sua vida. Após um casamento breve e frustrante, em que uma gravidez malsucedida praticamente inviabilizou seu projeto de se tornar mãe, Taís se refugiara na rotina absorvente do emprego e na perspectiva de um futuro estável. Mas algo se partiu dentro dela na imensidão daquele mergulho, durante umas férias com amigos. A vida tinha mais a oferecer do que dividendos e planos de metas. Era a natureza que fazia seu coração bater, ou mais especificamente, o mar. Taís vendeu carro, apartamento, e investiu o que tinha na busca de uma vida mais próxima de seu interesse: tornou-se mergulhadora e pesquisadora de uma ONG dedicada à vida marinha. É nessa ONG que, três anos mais tarde, ela vai se encantar por um jovem carioca que chega para desenvolver seu trabalho de mestrado, Pedro. Esse encontro dará ao amor uma importância que até então Taís nunca percebera. Ou fingira não perceber.
Diana (Bianca Comparato): Funcionária da empresa onde Irene trabalha. É uma adolescente, grávida e sem qualquer apoio do namorado - que diante do problema logo vira 'ex'. Empregada da cantina da agência onde Irene trabalha, planeja encaminhar o filho para adoção, mas a experiência de ser amorosamente assistida por Irene – candidata à mãe do bebê - revelará para Diana a existência de recursos afetivos que sequer sabia possuir. Vivendo um grande dilema, arrastará, consigo, Irene.
Arthurzinho (André Frateschi) : Filho de Iara e irmão mais novo de Vicente. Se envolve com Virgínia. Arthurzinho é carismático, boa pinta, sedutor, capaz de estabelecer rápida empatia com quem quer que seja. Vive até hoje sob as asas super protetoras da mãe, dona Iara. Compositor de jazz, ele tem um único CD gravado, que dona Iara tenta a todo custo empurrar para os amigos. Numa pasta de elástico, arquiva os parcos recortes a respeito de Arthurzinho que, segundo ela, acabou ofuscado pelo brilho de ‘Arthur pai’, um arranjador de fato brilhante, morto há mais de trinta anos. Nascido prematuro e de saúde frágil, Arthurzinho, após a morte do pai, tornou-se uma verdadeira obsessão para dona Iara. Em um grupo de vinhos - naturalmente patrocinado por sua mãe -, conhecerá Virgínia, jovem rica com quem engata um romance. Deste modo, transfere-se rapidamente do ninho da mãe para o da namorada, trocando de ‘patrocinadora’. Mas a operação arriscada trará consequências quando Virgínia descobrir que o temperamento relax de Arthurzinho mascara sua personalidade lunática e absolutamente irresponsável.
Virgínia (Fernanda Rodrigues): Namorada de Arthurzinho. É rica, de família tradicional, e a nora que dona Iara pediu a Deus. Como dinheiro para ela nunca foi problema, Virgínia é capaz de encarar com serenidade o temperamento improdutivo do namorado. Afinal, o bom humor e alto astral de Arthurzinho são suficientes para compensar todo o resto. De todo modo, ainda que seu jeito despreocupado de levar a vida possa soar algo ingênuo, Virgínia irá virar o jogo ao descobrir-se traída por Arthurzinho.
Eriberto (Fabio Herford): Marido de Marta. É um leiloeiro culto, que parece o homem perfeito para figurar ao lado de Marta. De fato, ele seria, caso não lhe faltasse a virilidade necessária para o posto. Eterna dúvida entre as amigas de Marta, Eriberto é um mistério até para a própria esposa. Mas uma espécie de acordo tácito firmado entre o casal, é capaz de garantir sua imagem pública. Eriberto luta para firmar-se como marido de Marta, mas sua natureza sensível eventualmente o trai. Do encontro com Renan, marido de uma amiga de Marta, surge então uma bela amizade. Almas gêmeas, Eriberto e Renan são capazes de usufruir finalmente da companhia que tanto desejavam. E enquanto mergulham juntos no glamouroso mundo das vernissages e das óperas, suas esposas gozam um merecido descanso de seus respectivos maridos.
Elisa (Leticia Colin): Filha de Guida, prima e melhor amiga de Júlia. Bonita, sensível, batalhadora. Portadora de dislexia, ela tem consciência de que tudo o que conquistou na vida teve um preço, e quem o pagou foi Guida, com anos de submissão à Marta. Pagou também com sua autoestima, fato que desgosta silenciosamente. Sua chance de libertar a mãe do jugo da tia surge quando é descoberta por um olheiro, iniciando então uma carreira como modelo. No entanto, mais uma vez se descobrirá inadequada: seu corpo - normal para uma garota saudável de sua idade - será considerado fora dos padrões do mundo da moda. A partir de então, Elisa começará uma luta secreta contra a balança, na angústia de corresponder às cobranças exacerbadas de sua nova profissão.
Guida (Claudia Mello): Irmã de Marta, mãe de Elisa e tia de Júlia. Bonita na juventude, dedicou seus melhores anos à criação da filha, nunca sobrando, portanto, tempo ou recurso para que pudesse cuidar de si. Precoce-mente viúva e precisando bancar os dispendiosos tratamentos necessários ao desenvolvimento da filha, viu-se obrigada a trabalhar com a irmã, submetendo-se, deste modo, a seus abusos. Hoje, com aparência senhoril, considera-se uma espécie de ‘mulher invisível’, alheia aos olhares dos homens. Ainda que longe de ser uma mulher amarga, costuma defender-se com piadas auto-depreciativas na hora de comentar sua situação de ‘encalhada’. Apesar dos esforços de Elisa para que a mãe recupere a autoestima, será somente ao conhecer Aníbal - um vizinho do condomínio - que irá entrar em con-tato novamente com a mulher que deixara para trás.
Aníbal (Luiz Serra): Vizinho viúvo de Guida. Recém-aposentado pela firma onde trabalhara, carrega a íntima humilhação de ter sido substituído por alguém mais jovem. Habituado a uma rotina de reuniões e providências urgentes, subitamente desembarca em sua nova vida de aposentado, composta por longos e intermináveis dias vazios. A sensação de ter perdido a funcionalidade e, junto com ela, seu lugar no mundo, será compartilhada, ainda que com dificuldade, com dona Guida, que trata de destacar, enfática, suas qualidades e predicados. Da troca diária entre os dois – em pé na portaria, na sala do condomínio, na mesa da cozinha – começa a nascer uma real afeição.
Branca (Maria Manoella): Esposa de Luís e mãe de Sofia e Luca. Consumista, mimada, preconceituosa, entende por ‘boa mãe’ aquela que defende os filhos em qualquer circunstância. Tenta a todo custo afastar o marido de sua mãe, Esther, que considera péssima influência para as crianças. Também não apóia Luís na ideia de se aproximar de seus meios-irmãos. Sua noção de família é antiga, tradicional e fechada - como tudo nela, aliás. Vive às turras com Laila - irmã gêmea de Luís - cuja diversão predileta é espezinhá-la.
Sofia (Milena Melo): Filha mais velha de Luís e Branca. Parece inteiramente cooptada pela mãe e sua falta de valores. Mimada, toma partido e defende Branca quando Luís tenta, de algum modo, brecar os excessos da esposa.
Luca (Gabriel Palhares): Filho mais novo de Luís e Branca. Ainda pequeno, parece dividido entre os pais, sem saber para que lado pender. Diferente da irmã, Luca é um menino doce e sensível, que sofrerá com a saída de Luís de casa, após a separação de sua mãe.
Marlene (Cyria Coentro): Mãe de Bernardo. Namora de Durval. Professora da rede pública na periferia de Belo Horizonte. Mulher humilde, cujo marido – que jamais desejara ter filhos – decidiu pular fora do casamento após ter engravidado uma moça mais jovem. Sentindo-se lesada, Marlene exigiu então do ex-esposo a quantia necessária para submeter-se a uma inseminação via doador. Deste modo, há exatos 14 anos, nascia Bernardo. Hoje, Marlene reconhece os efeitos da falta de um referencial masculino na vida do filho. E acabará esperando que Pedro - meio-irmão de Bernardo - venha cumprir este papel. Após a partida de Pedro para Fernando de Noronha, tentará suprir a falta de um pai para Bernardo através de Durval, seu novo companheiro.
Durval (Claudio Jaborandy): Namorado de Marlene. Ainda que seja capaz de levar Bernardo - seu novo enteado - ao futebol, ou ocasionalmente buscá-lo na porta da escola, Durval parece patologicamente ligado em todo tipo de jogo – loteria, bingo, cavalos. Seu negócio é apostar. Já Marlene - privada de companhia masculina há tempos – reluta em assumir a gravidade da situação, acobertando, de certo modo, a con-duta do namorado. Durval padece de certa indulgência moral, e passará a pegar dinheiro emprestado de Marlene para suas apostas. A situação disfuncional será testemunhada silenciosamente por Bernardo, fazendo com que o garoto se rebele ainda mais.
Caio (Fernando Alves Pinto): Namorado de Irene.
Vinícius (Emilio de Melo): Namorado de Irene, após o término dela com Caio.
Renan (Fernando Eiras): Cliente e amigo de Marta.
Edgard (Fernando Belo): Namorado de Júlia.
Rosa (Thais Garayp): Fiel escudeira de Guida, para quem trabalha como empregada doméstica.
Augusto (Marcílio Nogueira): Pai de Miguel.
Carlos (Thierry Tremouroux) - Chefe de Irene.
Participações Especiais:
Miguel (Jesuíta Barbosa): Miguel na adolescência.
Augusto (Celso Frateschi): Pai de Miguel mais jovem.
Catarina (Claudia Netto): Mãe de Miguel. Ela morre em um acidente.
Como amei A Vida da Gente, estou com uma expectativa positiva em relação a Sete Vidas. Lendo o perfil dos personagens vi que Marta (Gisele Fróes) engravidou "por fora" como diz na descrição e mentiu que fez inseminação, então isso quer dizer que Pedro (Jayme Matarazzo) e Júlia ( Isabelle Drummond) não são meios-irmãos, né?
ResponderExcluirPois é. Não são mesmo.
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