Recado do Jorge: enrolação demais em A Terra Prometida

Sidney e Milhem precisam acertar o tom de seus personagens. Já 

Kadu, Leonardo e Igor estão caricatos. E Juliana alterna
bons e maus momentos

Mas o destaque do elenco é Miriam, como a corajosa Raabe

É inegável que A Terra Prometida tem pompa e circunstância. Locações lindas, fotografia cinematográfica, belos cenários e uma boa caracterização dos atores. Felizmente aquela pobreza que reinou em Os Dez Mandamentos - Nova Temporada ficou para trás. Por outro lado, a novela está carecendo de ritmo. Tudo é lento e contemplativo demais. O primeiro capítulo deveria ter tido meia hora a menos porque foi uma enrolação só. As poucas cenas de ação estão mal coreografadas e, como nada acontece, sobram discursos de louvação e caras e bocas de um elenco bem fraco. 
Alguém precisa dizer a Leonardo Franco e Igor Rickli que, para ser vilão, não é necessário arregalar tanto os olhos e falar sussurrando e rosnando. Kadu Moliterno parece uma caricatura de um ser humano, tamanha canastrice. Juliana Silveira alterna bons momentos, com outros menos favoráveis, principalmente, quando contracena com Igor. 
Já Sidney Sampaio precisa diminuir o tom solene do Josué e Milhem Cortaz peca pela informalidade. Caleb parece um personagem de Cidade de Deus. Em uma cena ele afirmou que Josué iria “arrebentar” como o líder dos hebreus. Oi?! Enquanto isso, Miriam Freeland brilha como a audaz Raabe! É de longe a melhor do elenco. Ainda não a vi errar! 
E a peregrinação dos hebreus rumo a Canaã está só começando!