CURTI!
O
primeiro capítulo de Velho Chico teve um Q de ...E O Vento Levou (1939). Principalmente
pela última cena, com aquela trilha incidental linda, grandiosa, épica... E
aquela fotografia cinematográfica de tirar o fôlego. Essa sensação me soa muito
bem, por que o filme de Victor Fleming é simplesmente o meu favorito em todos
os tempos. Encarnação (Selma Egrey) e Jacinto (Tarcísio Meira) – majestosos – poderiam
ser Scarlett (Vivien Leigh) e Rhett (Clark Gable) envelhecidos, atormentados
pelos fantasmas do passado e cegos pela manutenção do poder na região. Se Velho
Chico continuará na toada do meu filme predileto, não sei. E espero que
não, porque de um diretor criativo como Luiz Fernando Carvalho espero sempre
uma novidade, mesmo dento da assinatura estética característica que ele imprime
em todas assuas obras.
Da
trilha sonora, repleta de clássicos do nosso cancioneiro, até a fotografia deslumbrante,
passando pelos figurinos, e cenários e a excelente caracterização dos atores,
não existem elogios suficientes para descrever a maestria técnica dessa
produção. Que coisa mais linda, gente! E a abertura? Um primor!
A história foi apresentada com extrema
simplicidade, dando oportunidade para o público entender que a luta política
entre o Coronel Jacinto Sá Ribeiro e o Capitão Ernesto Rosa (Rodrigo
Lombardi) ditará o tom da trama e se propagará por várias gerações. Já sabemos
que Afrânio (Rodrigo Santoro) é o filho bon
vivant do casal Sá Ribeiro, mas que terá de deixar a boa vida e as lindas
curvas de Iolanda (Carol Castro) depois que o pai tem um pirepaque. E que, no
interior, ele não terá saída a não ser incorporar todo o rancor e a ganância
que domina a sua família. Vimos também o casal Belmiro (Chico Diaz) e Piedade
(Cyria Coentro) sofrer com a seca do sertão e, em breve, eles se juntarão ao
Capitão Rosa, na guerra contra os Sá Ribeiro.
Os
atores, sem exceção, brilharam intensamente. Rodrigo Lombardi fez a gente
esquecer o charme sacana do Alex, de Verdades Secretas (2015), e emocionou. Fabiula
Nascimento, que vem emendando uma novela na outra, deu sobriedade e ternura à
sua Eulália, criando uma personagem totalmente diferente das anteriores. Sem
falar no talento de Chico Diaz, Cyria Coentro, Carol Castro Umbergo Magnani (Padre Romão) e
os novatos Barbara Reis (Doninha) e Julio Machado (Clemente). Ainda faltam 23
capítulos para encerrar esta primeira etapa da história de Benedito Ruy
Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Barbosa Luperi, e espero que todos
eles mantenham o nível do primeiro.
A
estreia de Velho Chico foi teatral demais? Foi! O ritmo por vezes foi
lento? Também. E graças a Deus que foi assim, porque quando você foge do lugar
comum e do rame-rame das novelas de sempre, obriga o povo a pensar e cria ótimas
rodas de debate. Se o espectador vai embarcar nessa saga épica pelas águas do
Rio São Francisco, só o tempo dirá. Eu já estou navegando.
Também já estou navegando!
ResponderExcluirEu gostei mais ou menos
ResponderExcluirNa mimha novela Tarcisio Meira não morre no primeiro cap
Eu gostei mais ou menos
ResponderExcluirNa mimha novela Tarcisio Meira não morre no primeiro cap
Amei...Tô navegando tb..👏👏👏😚😚❤
ResponderExcluiramei...muito bom
ResponderExcluiramei .... foi otimo
ResponderExcluirSó não gostaria que o capitão Rosa e Belmiro morresse... Pior assassinados.
ResponderExcluirTudo que os cabra proseiam no bar vira cantoria, é?!
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