segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

José Luiz Villamarim encerra a temporada do Ofício em Cena



Um dos diretores mais geniais surgidos na Globo nos últimos anos, José Luiz Villamarim é o derradeiro entrevistado da temporada do programa Ofício em Cena, que vai ao ar na terça 27. No currículo do cara estão as minisséries O Canto da Sereia (2013), Amores Roubados (2014) e O Rebu (2014), sem falar que ele esteve na equipe de Paraíso Tropical (2010) e Avenida Brasil, (2012), que acabou de ser lançada em DVD. Só esse ano, ele comandou as séries Justiça e Nada Será Como Antes. E, dia 9 de fevereiro, chega aos cinemas seu primeiro filme, Redemoinho, estrelado por Irandhir Santos, Julio Andrade, Dira Paes e Cássia Kis. Está bom pra você?
Excepcionalmente para essa entrevista, como o convidado é muito reservado, Bianca Ramoneda, saiu do auditório dos Estúdios Globo, para conversar com o diretor em um teatro do Rio de Janeiro, “onde tudo começou”, segundo ele. Reconhecido por um estilo documental de fazer ficção, Villamarim explora os silêncios na dramaturgia com uma fotografia quase voyeurística e busca nos atores com que trabalha uma entrega que, segundo ele, cria uma empatia natural com o público por permitir que os espectadores se reconheçam na tela. “O ideal é que você nem sinta que tem uma câmera ali te filmando”, explica ele. 
Sobre sua maneira de trabalhar, Villamarim revela que vai para o set de gravação sabendo o que vai fazer. “Eu gosto e tenho mania de começar com a primeira cena, porque pego a energia de todo mundo. Eu estou nervoso, o ator está nervoso, o fotógrafo, Waltinho (Walter Carvalho), está nervoso, toda equipe está com aquela energia que é sensacional, que no fundo é catalisadora e pode gerar alguma coisa. Também não gosto de ensaiar demais, acho que perde um pouco da espontaneidade”, revela.
Quando chega ao set, o diretor põe uma música. Para ele, a música traz um pouco daquilo que se faz na preparação, traz a memória de todos e ajuda o elenco a se instalar. É um instrumento sério para ele. “Se eu não acho a música, não acho a cena”, define. “Ela tem que bater, tem que me tocar. E evidentemente vai tocar alguns atores também”, complementa. Ao fim da gravação, ele está exausto. “Quando termina o set, eu estou morto! Porque é uma entrega, uma entrega boa de ser feita”, define do diretor.
O Ofício em Cena, com José Luiz Villamarimvai ao ar às 23h30, na GloboNews.

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