No programa Ofício em Cena de amanhã (terça 3), Bianca Ramoneda entrevista ninguém menos do que Lázaro Ramos. E o baiano surpreende ao confessar que, quando gravou sua primeira novela (Cobras & Lagartos, em 2006), achava que não duraria na TV. Ele lembra que, quando interpretava o Foguinho, olhou para a câmera três vezes na primeira cena que gravou. “Achei aquilo assustador. Estava acostumado a trabalhar para a câmera de cinema e quando vi todas aquelas câmeras, achei aquilo um negócio! Disse: eu não vou durar aqui nem três meses! Não é um lugar de conforto para mim, é um lugar que me dá medo”, desabafa. “Além disso, estava aquele barulho enorme no estúdio e eu ali concentradíssimo, nervoso!”. Com o tempo, ele entendeu melhor como a televisão funciona. “Hoje a televisão é um lugar de grande prazer, de muita criação para mim. Foi importante entender que é possível criar maneiras diferentes de trabalhar, dentro da sua profissão, seja lá onde você estiver”, declara.
Aos 37 anos, Lázaro acumula no currículo cerca de 40 peças de teatro e mais de 20 filmes no cinema. Na televisão, onde atuou menos, soma trabalhos de muito sucesso. Quem poderia imaginar que, há quatro anos, uma crise o fez cogitar desistir da carreira? “Eu pensei: não sei fazer nada novo, estou me repetindo, não vão me escalar para fazer personagens que sejam diferentes dos que eu já fiz e acho que tenho outro depoimento a dar como diretor e como autor”. Foi quando ele começou a se dedicar à literatura – hoje é autor de dois livros infantis. “Além disso, é chato ser ator, né (risos)? É chato, a gente obedece ordens o tempo todo, um monte de gente manda em você”, brinca. Foi quando ele foi surpreendido por novos trabalhos e parceiros, que o desafiaram a fazer coisas diferentes e não permitiram que ficasse no lugar comum.
Quem saber mais? Então tem que ficar grudado no Ofício em Cena, que vai ao ar na GloboNews, a partir das 23h30.
Foto: Globo/ João Cotta
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