Não posso reclamar da safra atual de novelas. Gosto de praticamente todas que estão no ar. E Liberdade, Liberdade me pegou pelo cabresto já no primeiro capítulo. Escrita por Mario Teixeira, a nova trama das 11 é um deleite para os olhos e para a mente. Com reconstituição de época primorosa (figurinos, cenários e cabelo/maquiagem perfeitos), a novela tem uma trama histórica-política, que escapa do didatismo por suas raízes serem fincadas no folhetim e na aventura romântica. Rosa/Joaquina é uma mocinha guerreira, altiva e sem papas na língua e está dando a chance de Andreia Horta desfilar todo seu telento.
Ela quer mais do que vingança contra a morte do seu pai, Tiradentes (Thiago Lacerda, numa boa composição, completamente diferente de tudo o que estudamos nos livros de história). Rosa/Joaquina é uma mistura de Nina (Débora Falabella), de Avenida Brasil (2012) com a Emily Thorne
(Emily Van Camp), da série Revenge (2011/2015) e ainda vai causar muito na efervescente Vila Rica MG).
Mas a produção tem outros personagens fascinantes: o maquiavélico Rubião (Mateus Solano), a tarada Dionísia (Maitê Proença), a mística Ascensão (Zezé Polessa), o sensível André (Caio Blat), o cruel Tolentino (Ricardo Pereira), o "lobisomem" Raposo (Dalton Vigh), a cafetina Virgínia (Lilia Cabral) e a mimada Branca (Nathalia Dill), todos defendidos com brilho por seus intérpretes. Mas o destaque da primeira semana vai para Mel Maia, precisa em sua construção da Joaquina menina, e para Marco Ricca, impecável como o bandido Mão de Luva. Seu sotaque mineiríssimo é um primor! Um começo mais do que elogiável para Liberdade, Liberdade, que promete melhorar ainda mais. Assim espero!
A começar pela abertura.
ResponderExcluirMuito bonita
Mão de Luva é um bandido sanguinário, mas tem a voz bem derramada, delicada...não sei não!!!
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