Curti!: Estreia de Além do Tempo. Não Curti!: Alinne Moraes como a mocinha da trama!

CURTI!

Nívea e Irene: os grandes destaques do primeiro capítulo

Quem gosta de novelão, certamente adorou o primeiro capítulo da Além do Tempo. Além da longa primeira fase (70 capítulos) se passar no século XIX, o que é uma delícia de ser ver, a trama de Elizabeth Jhin carrega no corpo e na alma a estrutura do dramalhão dos tempos de O Direito de Nascer (1964 / 1978 / 2001). Irene Ravache surgiu soberba como a grande malvada, capaz de destruir o amor verdadeiro de Emília (Gabriella Di Grecco/Ana Beatriz Nogueira) e Bernardo (Bernardo Marinho/Felipe Camargo) e bolar uma armadilha para matar a nora, que acabou culminando com a aparente morte do filho e dá o mote para o enredo que se segue, envolvendo a neta Lívia (Alinne Moraes), o sobrinho-neto Felipe (Rafael Cardoso) e a afilhada, Melissa (Paolla Oliveira). Bem escrita, lindamente fotografada e com cenários e figurinos riquíssimos, Além do Tempo gabaritou em quase todos os quesitos. Seus personagens são envolventes, especialmente a severa governanta Zilda, maravilhosamente bem interpretada por Nívea Maria, o grande destaque da estreia da novela. De maneira geral, todo o elenco esteve bem. Hoje tem mais. Vamos conferir!

*****

NÃO CURTI

Alinne é ótima, mas Lívia pedia
por uma atriz mais jovem

A abertura de Além do Tempo é linda. Muito bem feita e em harmonia com o enredo da novela. Mas não casou com a canção. Li o povo reclamando que Palavras ao Vento, com Cássia Eller, ficou marcada demais como o tema do Paco (Reynaldo Gianecchini), em Da Cor do Pecado (2004), o que é verdade. Mas pra mim, aquela trilha instrumental linda, grandiosa e dramática, que tocava nas chamadas, era muito mais condizendo como tema de abertura do que a belíssima Palavras ao Vento. Mas... Fiquei surpreso por Paolla Oliveira ser o primeiro nome do elenco, já que é sabido que Lívia (Alinne Moraes) e não Melissa (papel de Paolla) é a protagonista. E falando em Alinne Moraes, a moça estava muito bem como Lívia, continua linda, mas é "velha" demais para viver uma mocinha que a mãe bota no convento à sua revelia. Mesmo no século XIX ficou incoerente. Teria sido muito melhor apostar numa boa atriz da idade da personagem, com Alice Wegmann, ou investir em um novo talento, como foi feito com Camila Queiroz em Verdades Secretas.